Ao
longo dos anos o pedagogo vem buscando se firmar para justificar sua presença
nas escolas. Até mesmo nos cursos de pedagogia há divisões de opiniões, uns
acham desnecessário a presença desse profissional no trabalho pedagógico, já
outros defendem como necessidade fundamental.
A
prática pedagógica tem sido fundamentada em uma postura relacionada à falta de
conhecimento teórico e de uma definição do verdadeiro papel do pedagogo nas
escolas. O que ocorre é que em muitas escolas seu papel é desempenhado por outro
professor, cabendo ao pedagogo funções
exclusivamente burocráticas, deixando de
lado questões pedagógicas.
Para
Libâneo (2005), nestes últimos anos vem-se reforçando posições contrárias a
existência do curso de pedagogia e do pedagogo stricto sensu. Usam como
argumento que não há conteúdo próprio e essa formação seria apenas para
licenciaturas e o pedagogo técnico.
O
que é realmente fundamentado, é a formação de professores em todos os graus de
ensino em curso regular, com graduação e pós- graduações que prepara o pedagogo
como “cientista da educação”, ou seja, é “aquele que realiza estudos de teoria
educacional”. É um profissional que faz sua auto-formação e “se capacita para
exercer tarefas de planejamento e gestão da educação, supervisão de ensino,
formação continuada..” (LIBÂNEO, 2005, p. 13)
Neste
contexto, o especialista em educação, o pedagogo, exerce funções específicas de
planejamento e coordenação do processo ensino – aprendizagem, gestor
educacional, e também como orientador educacional conforme habilitações especificas do curso de
pedagogia.
Esse
profissional ao sair da faculdade precisa estar em formação contínua, buscando
capacitações e recebendo treinamento em serviço quer por meio da rede pública
ao qual está inserido ou por iniciativa própria avançando em carreira. Os
pedagogos como supervisores pedagógicos, devem repensar sua prática e
participar destes programas de formação continuada.
A
Supervisão Educacional é responsável pela articulação da prática pedagógica,
buscando a construção do planejamento curricular, coordenando o processo
pedagógico da escola, adequando
aprendizagem às exigências da sociedade.
A
ação supervisora acompanha a ação educativa desde suas origens, mas ao longo
dos anos, suas atribuições modificaram-se. De uma função típica como
fiscalizadora ou de inspeção hoje é mais valorizado e priorizado o caráter
pedagógico que é sua função, ou seja, o assessoramento, a melhoria do
desempenho do professor, visando a qualidade do processo ensino aprendizagem.
O
pedagogo como supervisor escolar já foi considerada como sua função primordial
dá assistência ao professor. Neste processo, entra a assessoria ou consultoria
ao professor, onde o mesmo sugere ideias, soluções para problemas pedagógicos,
sugerir métodos de avaliação, acompanhamento dos planos e que o mesmo cumpra os
programas e objetivos propostos.
Para
uma eficácia neste trabalho de consultoria devem-se observar as mudanças no
trabalho do professor. Se o pedagogo consegue fazer desta maneira, ou seja,
“mudanças no comportamento do professor”,
aprimorando suas metodologias,
ideias, modificando o processo de ensino, e aprimorando o relacionamento
professor aluno, dizemos assim que cumpriu seu objetivo. (LUCK, 2008, p.45)
O
pedagogo como supervisor escolar deve procurar ter conhecimentos claros, que
determina a maneira de agir e os objetivos que deseja atingir. Para isso, é
necessário que ele conheça a natureza do homem com quem trabalha que o mesmo
conheça a sociedade em que está inserido, o perfil da escola, o projeto
pedagógico, ou seja, precisa deste diagnóstico para ajudar conforme as
necessidades.
Deve
buscar o desenvolvimento de cada pessoa, que trabalha no seu processo de
acompanhamento do trabalho pedagógico, seja ele o professor, o aluno,
funcionário, membro da comunidade. Ou seja, o supervisor é quem orienta a
escola como um todo, isto relacionando aos objetivos que deseja que sejam
atingidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário