sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O pedagogo como Supervisor Escolar




Ao longo dos anos o pedagogo vem buscando se firmar para justificar sua presença nas escolas. Até mesmo nos cursos de pedagogia há divisões de opiniões, uns acham desnecessário a presença desse profissional no trabalho pedagógico, já outros defendem como necessidade fundamental.

A prática pedagógica tem sido fundamentada em uma postura relacionada à falta de conhecimento teórico e de uma definição do verdadeiro papel do pedagogo nas escolas. O que ocorre é que em muitas escolas seu papel é desempenhado por outro professor, cabendo  ao pedagogo funções exclusivamente burocráticas,  deixando de lado questões pedagógicas.

Para Libâneo (2005), nestes últimos anos vem-se reforçando posições contrárias a existência do curso de pedagogia e do pedagogo stricto sensu. Usam como argumento que não há conteúdo próprio e essa formação seria apenas para licenciaturas e o pedagogo técnico.

O que é realmente fundamentado, é a formação de professores em todos os graus de ensino em curso regular, com graduação e pós- graduações que prepara o pedagogo como “cientista da educação”, ou seja, é “aquele que realiza estudos de teoria educacional”. É um profissional que faz sua auto-formação e “se capacita para exercer tarefas de planejamento e gestão da educação, supervisão de ensino, formação continuada..” (LIBÂNEO, 2005, p. 13)

Neste contexto, o especialista em educação, o pedagogo, exerce funções específicas de planejamento e coordenação do processo ensino – aprendizagem, gestor educacional, e também como orientador educacional conforme  habilitações especificas do curso de pedagogia.

Esse profissional ao sair da faculdade precisa estar em formação contínua, buscando capacitações e recebendo treinamento em serviço quer por meio da rede pública ao qual está inserido ou por iniciativa própria avançando em carreira. Os pedagogos como supervisores pedagógicos, devem repensar sua prática e participar destes programas de formação continuada.

A Supervisão Educacional é responsável pela articulação da prática pedagógica, buscando a construção do planejamento curricular, coordenando o processo pedagógico da escola, adequando  aprendizagem às exigências da sociedade.

A ação supervisora acompanha a ação educativa desde suas origens, mas ao longo dos anos, suas atribuições modificaram-se. De uma função típica como fiscalizadora ou de inspeção hoje é mais valorizado e priorizado o caráter pedagógico que é sua função, ou seja, o assessoramento, a melhoria do desempenho do professor, visando a qualidade do processo ensino aprendizagem.

O pedagogo como supervisor escolar já foi considerada como sua função primordial dá assistência ao professor. Neste processo, entra a assessoria ou consultoria ao professor, onde o mesmo sugere ideias, soluções para problemas pedagógicos, sugerir métodos de avaliação, acompanhamento dos planos e que o mesmo cumpra os programas e objetivos propostos.

Para uma eficácia neste trabalho de consultoria devem-se observar as mudanças no trabalho do professor. Se o pedagogo consegue fazer desta maneira, ou seja, “mudanças no comportamento do professor”,  aprimorando  suas metodologias, ideias, modificando o processo de ensino, e aprimorando o relacionamento professor aluno, dizemos assim que cumpriu seu objetivo. (LUCK, 2008, p.45)

O pedagogo como supervisor escolar deve procurar ter conhecimentos claros, que determina a maneira de agir e os objetivos que deseja atingir. Para isso, é necessário que ele conheça a natureza do homem com quem trabalha que o mesmo conheça a sociedade em que está inserido, o perfil da escola, o projeto pedagógico, ou seja, precisa deste diagnóstico para ajudar conforme as necessidades.

Deve buscar o desenvolvimento de cada pessoa, que trabalha no seu processo de acompanhamento do trabalho pedagógico, seja ele o professor, o aluno, funcionário, membro da comunidade. Ou seja, o supervisor é quem orienta a escola como um todo, isto relacionando aos objetivos que deseja que sejam atingidos.

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