sábado, 13 de dezembro de 2014

Recuperação Pararela

Ao analisarmos o pensamento de alguns teóricos da educação nas teorias sócio construtivista interacionista, que nos remete ao fato de que todo educando pode aprender e que todos trazem consigo conhecimentos, aprendizagens a serem consideradas pela escola e que cada educando tem seu modo, estilo e ritmo para aprender.
A UNESCO sustenta pilares que foi originalmente apresentado por Paulo Freire, onde preconiza que se faça uma verdadeira comunidade de trabalho e de estudo, plástica e dinâmica. E que, ao em vez de crianças e mestres a programas rígidos e nacionalizados, faça com que aqueles aprendam, sobretudo a aprender. (FREIRE, 1996)
Aprender é um processo que envolve diversas áreas do desenvolvimento, tais como a psicomotora, afetiva, social, além da cognitiva, além do sistema nervoso central, onde cada educando vai adaptando e fazendo modificações frente as alterações do meio ambiente.
Desta maneira, compreendemos a importância de estímulos significativos para associações com experiências pré adquiridas com conhecimento, formando um alicerce para estruturas mentais possibilitando ao indivíduo relacionar vivencias concretas com situações abstratas a cada momento.
Ao analisarmos esse conceito, verificamos que o processo de recuperação escolar não pode ser uma simples repetição de conteúdos não aprendidos, mas precisa ser caracterizado como um trabalho realizado por diferentes estratégias, para que o alunos de fato esteja aprendendo. A recuperação paralela vem garantir que o processo de aprendizagem nas diferentes áreas do conhecimento esteja respaldado no desenvolvimento de habilidades e que os estudos de recuperação se caracterize em momentos de atividades específicas para a superação das dificuldades encontradas e para a consolidação de aprendizagens efetivas e bem sucedidas para todos os alunos.
Nessa perspectiva, cada docente ao recuperar o aluno deve explorar a capacidade de aprender, a capacidade de relacionar os fatos, tirar conclusões sendo capaz de compreender e raciocinar. Desta forma esse estímulo deve envolver a faculdade de raciocínio, a sensação, a percepção, seriação, socialização dentre outros estímulos educacionais.
Ao referirmos à recuperação o parecer 1132/97 afirma que ela é uma estratégia de intervenção deliberada no processo educativo na escola, como uma nova oportunidade que leva os alunos ao desempenho esperado. Os estudos de recuperação de caráter obrigatório representam, de fato uma nova oportunidade de aprendizagens, sendo pois, uma consequência do processo de avaliação continuada. Ambos devem ocorrer concomitamente ao processo educativo para garantir ao aluno a superação de dificuldades em seu percurso escolar.
A recuperação destina-se ao aluno que apresenta dificuldades e tem como objetivo corrigir deficiências na aprendizagem dos conteúdos ministrados. Ela é paralela e deve acontecer no momento em que a dificuldade se apresentar.
Objetivando a melhoria do aproveitamento dos estudantes com dificuldades serão realizadas algumas estratégias como o atendimento ao discente no mesmo turno com o professor recuperador, reorganização dos objetivos e metodologias de ensino diversificadas, grupos de trabalho diversificados em sala de aula, atividades de pesquisa, dentre outras e as mesmas podem ser modificadas conforme as necessidades dos educandos.
Ao considerarmos a resolução 521, de 02 de fevereiro de 2004, compreende-se que as diversas oportunidades de recuperação proporcionadas aos educandos visam atender ao ritmo de aprendizagem dos alunos, uma vez que possuem experiências  diferenciadas. Nesse sentido. A legislação vigente ressalta que as estratégias diferenciadas objetivam ampliar as possibilidades de sucesso escolar dos educandos. Destaca ainda algumas estratégias a serem utilizadas, sendo que a escola tem autonomia para elaborar outras, desde que atendam às orientações da secretaria de educação.
Desta forma notamos que a recuperação requer um acompanhamento orientado, com o objetivo de atender ao aprendizado do aluno conforme o ritmo de cada um e que desta forma todos possam ter assegurado seu direito de aprender.


Por: Carlos Fernando

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