quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A Tecnologia e a Alienação

Muitos pessoas hoje fazem uso das tecnologias para seu uso profissional ou mesmo para interação com amigos ou disseminação de informações pertinentes a uma sociedade em constante evolução devido aos avanços tecnológicos.
Ao invés de aproximar as pessoas e mobilizá- las para a efetivação de causas comuns, o uso alienados tecnologias comunicacionais, em verdade, gera o distanciamento pleno entre as pessoas, pois o interlocutor é estigmatizado como uma mera coisa, desprovida de subjetividade. Fica claro que o problema da incomunicação não se encontra nos instrumentos técnicos, nos aplicativos, nas redes sociais, mas sim na falta de disposições éticas que permeiam as ações humanas nesse novo contexto da sociedade da informação.
Não há nada mais incomodo do que você está com um grupo de pessoas discutindo uma pauta de interesse ou repassando uma informação valiosa para um público específico, e ao invés de olhar nos seus olhos e demonstrar devido interesse ao que está sendo dito, estes preferem estar concentrados em aplicativos do seu aparelho celular, mantendo sua mente distante a informação recebida.
Uma outra situação é vivenciarmos uma família reunida na mesa de jantar, onde cada membro fica entretido com seu apetrecho, inexistindo o diálogo que deveria existir nas famílias tradicionais respeitando e resgatando valores éticos e morais. Situações similares repetem-se em outras ocasiões onde o ser troca a socialização com a introspecção entretido com seu instrumento e deixando de lado momentos de aprendizados que poderiam obter no convívio social.
Na era tecnológica, perdemos definitivamente a capacidade de ouvir o outro, pois a sociedade estar voltada para seu ego, seus interesses não aceitando conceitos externos ou pontos de vista devido a uma sociedade individualista. Apesar de todas as facilidades tecnológicas, nossas experiências comunicacionais mediadas por esses instrumentos não promovem a alteridade, mas sim o silêncio interior, pois não queremos ouvir o outro, não valorizamos a arte de escutar. O que tem acontecido que na maioria das vezes somos autoritários, impedindo o outro de falar e de transmitir suas ideias.
Nesta sociedade da informação muitos jovens são entretidos nesta façanha, causando uma alienação ao objeto, aos meios tecnológicos e deixando de lado conhecimentos úteis para uma valorização de conceitos necessários para uma maturidade nos anos posteriores. O professor passa seus conhecimentos pedagógicos para uma massa indistinta composta de alunos e aparatos tecnológicos conectados com o mundo global que seja muito mais interessante do que o aprendizado pelo docente em seu trabalho diário.
Nas escolas a luta constante e para impedir o alunado de acessar seus apetrechos eletrônicos, onde na maioria dos casos o professor encontra uma saída integrando tais recursos como ferramentas didáticas nas suas atividades pedagógicas, pois o aluno fica mais entretido com a ferramenta devido a alienação pelo qual está inserido. Em momentos públicos, os mesmos impetrantes preferem registar tudo por meio de imagem, ou selfies do que tirar proveito das apresentações ou espetáculos ali inseridos.
Necessitamos desenvolver uma nova educação onde possamos nos despojar de tais aparelhos eletrônicos em momentos quer requer atenção para um aprendizado significativo e não apenas com respeito as outras pessoas. Mais o ideal é a interação com o ser, algo que se torna real quando tirarmos proveito por estarmos concentrados e fazermos uma reflexão do que foi salientado ou até mesmo gerar uma discursão da temática desenvolvida. São esses valores que queremos resgatar por meio de nossas ações pedagógicas e sociais neste sistema informatizado.


Por: Carlos Fernando

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