quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Saúde Mental – Compreendendo o Estigma

A palavra Estigma tem origem grega e significa marcar. Os gregos marcavam o corpo de pessoas quando buscavam evidenciar alguma coisa extraordinária sobre seu status moral e assim possibilitavam que ela fosse facilmente identificada e evitada.
Um estigma é na realidade um tipo especial de relação entre um atributo da pessoa e um estereótipo negativo e acaba sendo visto como algo que a define mais do que um rótulo a ela aplicado.
O estigma está relacionado a conhecimentos insuficientes ou inadequados que leva a preconceitos, a discriminação e ao distanciamento social da pessoa estigmatizada.
As pessoas no geral desconhecem a realidade das doenças mentais, essa forma de pensar causa uma reação negativa diante dos portadores de deficiência, onde são considerados como perigosos, sujos, incapazes e pessoas sem valor perante a sociedade, sendo excluídos até mesmo por familiares em alguns aspectos sociais. Essa percepção faz com que muitas pessoas tenham medo ou desconfiança dos portadores de doenças mentais.
Quando adotou-se os serviços comunitários e residências terapêuticas para o tratamento de pessoais portadoras de necessidades especiais, infelizmente contribuiu para o estigma, onde a população ficou mais próxima, tendo mais contato com doentes mentais graves, onde esse público não adquiriu informações necessárias para compreender a situação destes. Onde muitos popularizam os doentes mentais como violentos, divulgando nas mídias um comportamento resultante de uma crise e fazendo com que esses sejam também vítimas de violência do que perpetradores desta.
Assim, o estigma relacionado às doenças mentais têm contribuído para sua exclusão social e os coloca em desvantagem quando buscam algo em seu benefício como procura de serviço, tratamento médico, causando autoestigma, baixo estima, contribuindo para uma pior qualidade de vida. O pior que este preconceito e estigma se estende a família destes e pessoas correlacionadas.
Uma educação que oriente as sociedades para uma conscientização deste público, principalmente as pessoas com esquizofrenia, faz-se necessário para que o tratamento de fato ocorra com os portadores de necessidades mentais, principalmente tirando-os do isolamento que é causado pelo estigma dificultando o tratamento psicossocial; pois  um paciente com transtornos  mentais não irá vencer seus medos e vivencias isolados da sociedade devido ao preconceito recebido.
O estigma e a discriminação tornam mais difícil para as pessoas que sofrem de algum transtorno mental reconhecer que tem algum problema e procurar um tratamento médico. Por causa deste estigma, as pessoas que sofrem de transtornos mentais são frequentemente tratadas com desrespeito, desconfiança ou medo.
Todos nós podemos ajudar a muda essa imagem, a maioria das  pessoas com esquizofrenia não é perigosa nem ataca os outros quando tratados adequadamente. No entanto, o público desconhecedor do tratamento a esses portadores, tendem a manter uma imagem estereotipada de pessoas com esquizofrenia. Vamos continuar divulgando os sucessos e superações de quem conseguiu e vem mantendo uma vida com mais qualidade com apoio de sua família, dos amigos e com um bom acompanhamento assistencial ao mesmo.

Por: Carlos Fernando


Nenhum comentário:

Postar um comentário