O
objetivo da teoria defendida por Gardner (1995), é que tenha uma aplicabilidade
na escola, por meio de atividades que desenvolvam as mesmas. Deve-se reconhecer
que os alunos não aprendem na mesma maneira e possuem interesses e habilidades
diferentes. Se há uma escola que busque avaliar não apenas conhecimento mas
capacidades, esta estaria se enquadrando nos princípios aqui expostos.
É
preciso criar situações de aprendizagem, onde seria possível verificar as
dificuldades de aprendizagens e soluciona-los. Para que ocorra certas
aprendizagens é necessário interação social, que busca sólido apoio na teoria
das inteligências múltiplas de forma interpessoal. Nesse ambiente escolar, a
maneira da sala de aula e materiais utilizados deve seguir uma metodologia. Por
exemplo, as utilizações de tecnologias, jogos, organizar a sala em cantos, são
maneiras de diferenciar o ensino.
Vamos
visualizar como seria essa sala de aula. As carteiras estariam em forma de “U”,
haverá materiais convidativos, destinados a estimular as inteligências. Além
das atividades rotineiras das disciplinas estudadas, os professores trabalham
temas transversais de forma lúdica com os demais. Entre as tarefas dos alunos
seria preparar projetos monitorados pelo professor, eles mesmos devem fazer o
planejamento, as revisões, desenhos, fotos e no final apresentam ao professor
que irá avaliar de acordo com as habilidades trabalhadas. Desta maneira, os
alunos são gestores do próprio conhecimento, tendo liberdades para estudos em
casa, museus, bibliotecas e até mesmo na escola.
A
sala de aula funcionaria neste caso, como uma oficina de talentos. Onde haverá
um conto naturalista, outro para habilidades linguísticas e outros aplicáveis a
inteligência espacial, corporal e pessoal. O acervo de materiais é bem
diversificado de modo a desenvolver várias capacidades. O professor faz
acompanhamento das atividades de seus alunos, na oficina ou trabalho de campo.
Essa descrição é o retrato do que Gardner explicou sobre a “sala de aula do
Espectro”, os alunos aprendem com os professores, com jogos, projetos e
aprimoram inteligências adquiridas e desenvolvem outras que tem mais
dificuldades. Ao final do ano os pais recebem um parecer, por meio de um
“relatório espectro” com o perfil intelectual com sugestões para continuar a
estimular as inteligências adquiridas (potencialidades), ou as dificuldades
aprendidas.
O
professor deve ser conhecedor das inteligências múltiplas, para que tenha
capacidade para fazer o diagnóstico. Esse ambiente de estudo pode ser adaptado
à educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e superior, fazendo seus
diagnósticos e apresentando os resultados.
Por: Carlos Fernando
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