quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Implantação de uma Gestão Democrática na Escola Pública

No Brasil, os temas democracia participativa encontram suporte na própria Carta Magna, promulgada em 1988, que institui a “ a democracia participativa” e cria formas do povo exercer o  poder. “Por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição” (art 1o). No que refere especificamente à educação, a constituição de 1988 estabelece como princípios básicos: “ o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” e a “gestão democrática do ensino público”. (art. 206).
Esses princípios  aqui delineados podem ser considerados como ferramentas de uma gestão democrática e participativa, não se implanta a partir de decisões de poucos e não se dá de forma automática, em alguns momentos faz-se necessário retrocessos para que se aproxime do ideal desejado. 
De modo, que requer uma ação coletiva dentro da escola, visto que envolve decisões de dimensões política e pedagógica. Compreende-se que existem empecilhos à participação, que se configuram no termo que alguns gestores têm com relação não só a tomar decisões em conjunto, como também socializar informações. Vivenciar esta participação envolve riscos e é um desafio para envolvermos os membros da comunidade educativa no processo participativo.
Nesse processo de democratização na escola, pressupõe um processo de troca de informações, nos mais diferentes níveis, entre escola e comunidade e que deva existir um clima de confiança recíproca, evitando confrontos que possam surgir. O diálogo é elemento essencial no processo de intercâmbio de vivências, experiências, interações entre todos os participantes do processo.
Nesta perspectiva, vivemos um planejamento que é centrado na pessoa, com seus valores, seus sentimentos, modo de vida econômica, social e quando envolvido em um grupo toma decisões comunitárias. Esta prática de planejamento participativo incentiva o individuo a ter uma visão crítica da realidade, exigindo assim uma participação com o objetivo de promover mudanças e as transformações desejadas tendo em foco um ideal.
O planejamento participativo e democrático  faz parte da escola, fazendo parte da sociedade pelo qual está comprometida. De modo, que quando se estabelece meios para uma socialização é uma forma de vivenciar uma nova modalidade de vida social, onde o sujeito não participa só nas execuções, mas também na discussão dos rumos da instituição.
O planejamento participativo democrático não pode  integrar apenas a escola, a família  e a comunidade, mas também a realização das pessoas e a transformação da comunidade da qual faz parte. 
Para uma escola ter eficácia, emerge de uma gestão democrática e participativa, onde os gestores agem como líderes apoiando e avaliando os programas pedagógicos, organizando e participando dos programas de desenvolvimento de funcionários e acompanhando os resultados alcançados pelos alunos.
Com certeza essa visão, irá delinear uma boa gestão, fundamentada na participação. Os estabelecimentos de ensino, onde os gestores praticam uma gestão “consultiva” e que buscam orientações no corpo de funcionários e ouvem suas opiniões para assim tomar suas decisões, desenvolvem um ambiente de aprendizagem de forma mais eficaz.
Podemos notar, que na gestão democrática participativa, há um envolvimento principalmente do gestor escolar para alcançar os objetivos propostos. Por exemplo, criam um ambiente onde haja uma participação ativa dos profissionais, dos alunos, dos pais,  ou seja, da comunidade escolar e que estes desenvolvam uma consciência crítica da sociedade da qual fazem parte. 
Sem essa participação dos gestores no processo de democratização da escola por meio de suas ações, fica inviável a possibilidade de socializar os ideais a serem atingidos. Por isso, é de suma importância que os gestores ajam de forma compartilhada e que dinamizem nas escolas essa vertente, que deve ser transformada em ação, com o grupo docente e também comunidade escolar.
Por: Carlos Fernando


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