terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Gestão Democrática e Participativa: aspectos conceituais e práticos.

 A LDB em seu artigo 12, estabelece  que a escola tem a responsabilidade de elaborar, executar e avaliar seu projeto pedagógico. A legislação define também normas de gestão democrática do ensino público conforme suas particularidades e os seguintes princípios estabelecidos no artigo 14: I. participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes.
Os dois princípios definidos de gestão democrática de ensino público ratificam o inciso VI do art. 206 da Constituição Federal. A participação dos professores e especialistas na elaboração do projeto pedagógico da escola funciona como balizamento da gestão democrática no âmbito das instituições públicas. Nesta perspectiva, as decisões centralizadas cedem a um trabalho coletivo entre os integrantes da escola e a comunidade escolar.
Ao fazer assim, a escola não apenas estará contribuindo para a democratização da sociedade, como também passa a ser um espaço para a execução da democracia, onde a comunidade passa a ter consciência e estará comprometida com seus interesses.
Em uma gestão escolar, há decisões que devem ser tomadas, o que caracteriza um ato político, pois representa todos que compõem a escola e sua comunidade. Desta maneira, para uma tomada de decisão devem estar envolvidos todos e de forma coletiva, envolvendo os diversos segmentos da escola.
Para que de fato aconteça uma tomada de decisão compartilhada é preciso uma implementação de mecanismos participativos, por exemplo, conselhos escolares, conselhos de classe, uma forma de participação dos alunos, grêmios estudantis, dentre muitas outras ações. O objetivo é que exista uma cultura de participação e de democratização na escola o que requer aprendizado, ou seja, aprender a ser democrático. Essa democracia existirá, se estabelecermos uma relação entre escola e a educação onde, também será construído o aprendizado político pedagógico. Para tornar-se democrático devem existir algumas mudanças na forma como ocorre a gestão e distribuição de serviços.
Notamos assim, que é fundamental uma implementação da prática participativa bem como no acompanhamento destas práticas. Em muitas escolas ainda existe uma postura autoritária na gestão escolar. No entanto, precisa ser rompida por meio de mecanismos de participação e ações democráticos. Visto a importância da construção coletiva do projeto político pedagógico onde está envolvido  todo esse processo, é uma maneira de distribuir esse poder de forma participativa, fazendo mudanças da forma de gerenciar tal procedimento.
Ao analisarmos deste modo, faz-se necessário repensar todo o sistema educacional, levando isso em consideração haverá mudanças no comportamento, bem como nos processos formativos delineados por uma participação voluntária, efetiva e com bom planejamento para conseguir as mudanças pré-estabelecidas.
Em uma gestão democrática é fundamental a presença organizada da sociedade na escola, onde a mesma acompanha e participa no processo educacional. Outro fator, é a estrutura física da escola, ou seja, para que o aluno permaneça na escola cogita-se um ambiente agradável. E para isso, é fundamental criar condições para que de fato, toda a comunidade possa participar neste processo.
Notamos aqui, que para termos uma gestão democrática não é um processo simples, que em poucos dias iremos conseguir os objetivos esperados. No entanto, não é tão complicado que não possamos atingir nossas metas, pois essa prática é construída na escola. Já falamos da implementação do projeto político pedagógico  e também do conselho escolar, pois estes são documentos que influenciam as decisões tomadas na escola, por que utilizam o processo democrático e participativo nas decisões tomadas em prol das mudanças esperadas pela comunidade escolar.
Podemos ressaltar, que a participação aqui em discussão não é um resultado  de processos  autoritários e espontâneos, mas é uma conquista diária e adquire força quando todos se responsabilizam pela causa.
Essa descentralização dos processos de direção e gestão demandam no desenvolvimento do espírito de equipe e noção de gestão compartilhada, nos estabelecimentos de ensino. Visto que, muitos ficaram arraigados a métodos tradicionais de gestão que levará tempo para eliminá-los.
Por: Carlos Fernando



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