segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Currículo e a Aprendizagem

    Tudo que deve ser feito na escola deve ser levado em consideração a realidade de nossos alunos e suas diferenças, ou seja, a escola atua como uma mediadora do acesso dos alunos aos bens culturais disponíveis na escola como as literaturas e os saberes ministrados. De modo, que os gestores, juntamente com toda a equipe escolar deve preparar um currículo destinado a cumprir a função formativa da escola, introduzir conhecimentos relacionados a vivência dos alunos, as realidades da região e a partir daí é que poderá atender um número de experiências interessantes na escola, encontrando meios para a diversidade.

 Cabe agora a cada docente adequar seus conteúdos , planos em prol das áreas do conhecimento levando em consideração essa diversidade. O conteúdo das diversas áreas do conhecimento tem um papel fundamental na formulação dos conteúdos e na formação de cada um dos alunos. Pois devemos levar em consideração que cada pessoa é impar e são diversos em suas experiências culturais como disse Lima (2007), “são únicos em suas personalidades e são diversos em suas formas de perceber o mundo”. Ainda segundo Lima, “seres humanos apresentam, também diversidade biológica. Algumas delas provocam impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das pessoas”.


  Ao analisar esses fatores, devemos levar em consideração as relações com a diversidade em prol de uma aprendizado eficiente, relacionado com  a diferenciação e individualidade de cada um. Por exemplo, a relação entre currículo e conhecimento, que foi abordado pelos autores, onde nos faz refletir sobre os saberes produzidos pelos conhecimentos adquiridos no meio, nos movimentos sociais ou pela comunidade. Para que realmente exista uma educação de qualidade, requer uma seleção de conhecimentos que incentivem mudanças individuais e sociais.

Nesta perspectiva observamos que o currículo constitui um dispositivo onde as relações entre a sociedade e a escola, ou seja, os conhecimentos escolares como já citado anteriormente que provém de saberes e conhecimentos socialmente produzidos. Nestes espaços são produzidos diferentes âmbitos. Levando esse entendimento para a realidade de nossa escola, tudo o que cerca ou compõe a comunidade a comunidade escolar, contribui para  formar o conhecimento que é introduzido no currículo.

  Uma particularidade da diversidade dos alunos é referente ao reconhecimento do aluno e do professor como sujeitos de direitos e também compreender a estes como sujeitos éticos, onde os mesmos precisam estar sempre se auto-avaliando revendo suas atitudes, posturas, valores, representações e preconceitos. Neste ponto, também  é de grande importância a valorização da classe docente, levando em consideração o meio em que trabalham e as especificidades de cada realidade escolar.

 Os educandos também são diversos nas vivências, no modo de viver, trabalhar e sobreviver gerando discrepâncias sobre os tempos escolares e  os tempos de vida. Essas experiências também é algo que deve ser levado em conta no que refere as diversidades que estamos levando em conta, pois com a vida se aprende muito e o educador deve levar o contexto histórico –social para ensinar o que envolve a individualidade e diferença de cada um

 O processo de avaliação está relacionado também as práticas curriculares, assim como o conhecimento e a cultura, pois a avaliação como vimos na concepção de alguns autores é uma atividade que implica em uma legitimidade técnica, ou seja, onde a formação profissional está aí implantada e a legitimidade política visando respeitar os princípios e critérios do projeto-político – pedagógico.

  Sobre a avaliação podemos caracterizar três níveis. A avaliação da aprendizagem dos estudantes, onde a figura do professor é de grande importância neste processo avaliativo, também a avaliação institucional onde todos os profissionais participam e são orientados pelo projeto político pedagógico da escola. E também a avaliação do sistema escolar, onde é de responsabilidade do poder público.

  Em uma escola democrática, que constrói a sua autonomia, a avaliação parte do princípio de que todos são capazes de aprender e de que as ações voltadas para o ensino sejam planejadas a partir dessas infinitas possibilidades de aprender  e de que as ações voltadas para o ensino sejam planejadas a partir dessas infinitas possibilidades de aprender de cada estudante. Para a nossa escola poderíamos entender da seguinte maneira, organizar o grupo docente e orientá-los de forma a organizar seus planos de ensino e processos de ensinar e aprender de maneira a realizar uma avaliação formativa.

Lembrando que a avaliação formativa é aquela em que o professor está atento aos processos e as aprendizagens de seus estudantes, orientando os mesmos para a realização de seus trabalhos  e de suas aprendizagens ajudando-as em suas dificuldades e aprendizagens. Devemos  incentivar os professores a avaliar desta maneira, levando em conta as limitações, necessidades e ajustando ao grau de aprendizagem.

  Neste estudo, que foi analisado sobre o currículo e seus questionamentos, verifiquei que foi de grande valia para a realidade educacional das escolas em nossa região, serviu também para reflexão sobre minha prática como coordenador pedagógico. Ao fazer estes questionamentos e olhar para a realidade podemos fazer ajustes ou buscar soluções que estejam ao nosso alcance relacionado ao processo ensino-aprendizagem, sem contudo, fugir da realidade regional, mas fazendo adaptações conforme esse estudo mostrou por meio de questionamentos  e como devemos  fazer isso.

Por: Carlos Fernando de Oliveira Sousa



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