terça-feira, 28 de julho de 2015

Design Instrucional – O uso de Gráficos no Aprendizado eletrônico




Nossa capacidade de aprender está relacionada ao que retemos em nossa mente alguma informação. E esta é facilmente processada na memória de maneira não verbal, daí a importância do uso de gráficos no aprendizado eletrônico.
O tipo de comunicação ou uso instrucional é que determina a seleção ou a criação de gráficos para compor uma solução educacional multimídia.
Para analisarmos um gráfico devemos compreender o que é a superfície, cuja característica define o seu uso no aprendizado eletrônico. A superfície diz respeito à aparência dos gráficos e a forma como eles são criados. Em termos de recursos visíveis, os gráficos podem ser estáticos, como as ilustrações ou dinâmicos como os vídeos. Lembramos que a funcionalidade em termos comunicacionais e psicológicos é que determina a efetividade na aprendizagem.
Vamos fazer uma descrição dos gráficos, conforme sua superfície, sua função comunicacional e nos eventos de aprendizagem. No que refere aos gráficos, de acordo com sua superfície, podemos citar a fotografia, onde a imagem é capturada usando tecnologias fotográficas ou digitais. A captura de uma tela de computador e fotos de pessoas em situações de trabalho são exemplos do uso desse recurso. Já um exemplo de gráfico dinâmico, podemos citar a realidade virtual, um mundo interativo tridimensional que muda dinamicamente conforme o usuário se movimenta.
Os gráficos possuem funções comunicacionais, que podem ser decorativos, representacionais e interpretativos. Os gráficos decorativos motivam apelando para a estética ou o humor. Podem ser usados em abertura de capítulos, em unidades de estudo.
Os gráficos representacionais, representam pessoas, objetos ou eventos de modo realista. Podem ser apresentados em diversas superfícies, incluindo fotografia e ilustração, e oferecem uma referência concreta para tornar a informação verbal mais fácil e significativo. Os gráficos representacionais são apropriados para apresentar conceitos concretos e informação factual.
Uma outra função comunicacional, são os gráficos organizacionais. Mostram relações qualitativas entre fatos, conceitos e princípios e orientam o aluno em uma estrutura e sequência de conteúdo. São usados em manuais e textos de instrução direta para explicar procedimentos, atributos e conceitos. Quando se utiliza um mapa de aulas em um curso, está sendo utilizado este recurso.
Os gráficos relacionais, transformam informação numérica em informação visual exibindo relações quantitativas entre duas ou mais variáveis, sejam elas fatos, conceitos ou princípios. Por exemplo, os gráficos de barra e de pizza mostram o uso desse recurso.
Os gráficos transformacionais, mostram mudanças em procedimentos, processos e princípios ao longo do tempo ou espaço, comunicando movimento. Em geral, são usados em combinações com ilustrações. Por exemplo, gráficos que descrevem linha do tempo, representa o uso deste gráfico.
Os gráficos interpretativos, permitem entendimento de conceitos, processos ou princípios abstratos, invisíveis ou ambos. Não precisam incluir necessariamente simulações ou complexos recursos de superfície. Por exemplo, quando utilizamos uma analogia entre o coração e uma bomba d’agua, estamos fazendo uso deste recurso.
Os gráficos também podem contribuir diretamente para os eventos de aprendizagem. Por exemplo, para apoiar a motivação, gráficos que tornam o material interessante e, ao mesmo tempo não sobrecarregam a aprendizagem. Um outro uso, seria para ativar ou construir conhecimento prévio, gráficos que evocam modelos mentais existentes ou que oferecem um panorama do conteúdo para aquisição de novas informações. Um exemplo, seria um gráfico que mostra a analogia visual entre o novo conteúdo e conteúdos antigos.
A utilização dos gráficos no aprendizado eletrônico, é uma das funções do responsável pelo design de conteúdos multimídia, que dependendo do contexto instrucional poderá ser um professor, pesquisador ou profissionais especializados no assunto do curso.

Por: Carlos Fernando


FONTE: FILATRO, 2008.

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